Outubro Rosa: o desafio da equidade 4i6960

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin
Share on email

Sabina Bandeira Aleixo 4m6642

médica oncologista, diretora técnica do Heci e presidente da ONG GAPCCI

 

 

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e, para 2024, estima-se a ocorrência de 73.610 novos casos, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Diante desse número, o diagnóstico precoce torna-se essencial para aumentar as chances de cura. Campanhas de prevenção buscam conscientizar a população sobre a importância de identificar o câncer nos estágios iniciais, quando a taxa de cura pode chegar a 90%, se o tumor for detectado enquanto ainda está à mama.

O diagnóstico precoce do câncer de mama se baseia em exames de imagem, sendo a mamografia o principal método recomendado. A mamografia é uma radiografia da mama que consegue detectar nódulos ou outras alterações em fase inicial, mesmo antes de qualquer sintoma surgir. Mulheres a partir dos 40 anos devem conversar com seus médicos sobre a realização desse exame, enquanto as mulheres entre 50 e 69 anos são aconselhadas a realizá-lo a cada dois anos. Para mulheres com histórico familiar de câncer de mama, o exame pode ser recomendado ainda mais cedo.

Além da mamografia, é fundamental que as mulheres conheçam seus corpos e fiquem atentas a sinais como nódulos, alterações no formato das mamas, retrações na pele ou no mamilo, secreções e qualquer alteração suspeita. Esses sinais devem motivar uma consulta ao médico, que poderá indicar exames complementares conforme necessário.

Estudos recentes no Brasil têm investigado a relação entre fatores raciais e a incidência do câncer de mama. Dados mostram que mulheres negras têm maior risco de desenvolver subtipos mais agressivos da doença, como o câncer de mama triplo negativo (TNBC), associado a taxas de mortalidade mais altas. Esses estudos visam entender fatores biológicos e socioeconômicos que possam estar relacionados ao aumento de incidência e às diferenças de desfecho entre grupos, de forma a melhorar o diagnóstico e tratamento para todas as mulheres.

Na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, o Hospital Evangélico, referência no tratamento oncológico da região, registrou 310 novos casos de câncer de mama em 2022. Esse dado reforça a necessidade de garantir mais o a exames e cuidados para todas as mulheres, independentemente de cor ou condição socioeconômica. O diagnóstico precoce salva vidas, e, com maior o à mamografia e acompanhamento médico, todas as mulheres podem ter a chance de identificar a doença em sua fase inicial e aumentar as possibilidades de cura.

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin
Share on email